Havia um muro
mas eu não quis dormir
Apontei para a luz distante
e fosca no horizonte
Céu taciturno
contudo eu vi
alguns enxergaram
e ficamos acordados
A noite atirava
das estrelas mais altas
holofotes marcados
e o palco era falso
A tinta brilhava
nos metais moldados
versos programados
só nos pusemos a correr
A passos largos
estrada estreita
Árvores de plástico
lobos à espreita
A aurora vem
sabemos de quem
mas a hora é escrita
em letras desconhecidas
Não é tempo pra cair
ou pra dormir
passos de volta
só levariam ao fim
Não somos muitos
não precisamos
vamos um a um
mas todos juntos
Romperemos pelo muro
e veremos o mundo
que era
e que será.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
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