Tive fé em fevereiro
que esse seria o primeiro
a passar dos vinte e nove
Mesmo sabendo o roteiro
desse espetáculo inteiro
enquanto o mundo se move
Movimentei-me sem medo
rumo ao topo do rochedo
de onde se vê mais longe
Vi a lua vir mais cedo
vi o sol em desenredo
tingir mais leve o horizonte
Ante o estonteante mar
vi o céu se derramar
nas gotas do azul sublime
E a mim coube averiguar
se o sol se jogou no mar
ou foi da noite um crime
Vi em cada verso um laço
me rendi ao embaraço
da tangente inspiração
E já que ainda há espaço
eis as palavras de março
e assim fechamos o verão.
sábado, 24 de março de 2012
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